Artigo publicado no Blog do Noblat em 15.10.2014

Neste debate na Band surgiu uma novidade que veio para ficar. Dilma atacou Aécio dizendo que no site do Tribunal de Contas de Minas Gerais estava comprovado que as contas dele como governador estavam sendo contestadas civilmente pelo Ministério Público. Risco de improbidade.

Deu o intervalo. Quando voltou, Aécio avisou aos telespectadores que tinha colocado no site dele, na hora, no mesmo momento, as aprovações do Ministério Público. Desmentia Dilma. Site contra site.

Ou seja, integrou de vez internet e televisão. A regra dos debates é que o candidato não pode mostrar ao outro, ou aos telespectadores, documentos para provar o que disse. Mas nada impede que ele diga no ar, para ir ver, na mesma hora, o documento que ele não pode mostrar no debate.

De agora em diante assistir um debate vai ter que ser feito com a internet ao lado, ligada para comprovar quem está com a razão. Sobretudo em debate onde um acusa o outro de inverdades e mentiras. Quem está enganando ou mentindo?

Os marqueteiros daqui para frente têm, pois, um novo campo de atuação. Preparar os candidatos e estratégias para debates para televisão, e preparar as provas documentais, os vídeos a serem acessados na internet.

Não está longe o momento em que os intervalos da televisão não serão acessados apenas na televisão. Mas concomitantemente na internet.

Agora mesmo, no debate da Band, o PT colocou no ar nos intervalos uma propaganda na base de que “quem conhece o Aécio não vota no Aécio”. O Aécio, no debate e na hora, atacou este slogan, como prova da falta de limites do PT.

Está tudo integrado. O Bloco de discussão na televisão e as provas no intervalo na internet. Cada vez mais o eleitor é o juiz. Ouve, comprova, e decide. Isto é, vota.